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SP já ultrapassa marca estipulada em UTI pelo governo como limite para 3ª onda

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O estado de São Paulo ultrapassou o número de pacientes com Covid internados em UTI que havia sido apontado pela gestão João Doria (PSDB) como limite de eventual novo aumento da epidemia após as flexibilizações da quarentena realizadas em maio.

Nesta terça-feira (8), o número total de pacientes internados para tratamento da Covid no estado é de 24.547, sendo 11.189 em leitos de UTI e 13.358 em enfermaria. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 82%, valor que já é considerado como colapso por especialistas.

Apesar dos números elevados, o comitê de saúde que assessora o governo paulista defende que o crescimento é atualmente mais lento e nega risco de novo pico da doença.

Ao anunciar novas flexibilizações da fase atual da quarentena no dia 19 de maio, o governo admitiu que poderia haver um crescimento nos números de internações e mortes por Covid nas semanas seguintes, mas defendeu que os indicadores não seriam piores do que os verificados no pico anterior da pandemia e que, por isso, a mudança era acertada.

Na ocasião, o secretário executivo do Centro de Contingência da Covid, João Gabbardo, afirmou que 11 mil pacientes internados em UTI era o máximo que seria alcançado.

“Temos hoje cerca de 12 mil pessoas internadas em enfermaria. No pico [abril], na pior fase, nós tínhamos 18 mil pessoas. É possível que dentro das próximas 2 ou 3 semanas a gente possa chegar a até 13 mil pessoas internadas [em enfermaria]. Hoje temos em torno de 10 mil pessoas internadas em leitos de UTI. Tivemos no período mais dramático, 13 mil pessoas em leitos de UTI. Estamos projetando até, no máximo, chegar a 11 mil pessoas internadas em leitos de UTI”, disse Gabbardo no dia 19 de maio.

Em entrevista ao G1, o coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, afirmou nesta terça-feira (8) que a equipe que compõe o comitê não considera que a situação esteja fora de controle.

“A avaliação é de que esse momento é distinto daquele. Por alguns motivos baseados em indicadores. Em abril nós chegamos a 13 mil pacientes internados em UTI, hoje estamos com 11.189, um pouco mais do que o Gabbardo tinha falado. Ainda há uma distância muito grande”, afirma.

“A curva de proporção de aumento de internações hoje é muito distinta da que vimos de fevereiro até abril. Naquele período, chegamos a ter até 3% de aumento em novas internações de um dia para o outro. Hoje, temos um aumento progressivo de cerca de 0,5% ao dia. Ou seja, um aumento muito mais lento.”

Menezes admite que a situação é preocupante, mas afirma que não há perspectiva por parte do Centro de Contigência de novo colapso.

“É uma situação tensa, que preocupa, que faz com que estejamos acompanhando todos os dias, mas não é uma situação que consideramos fora de controle. Não há uma perspectiva de colapso, embora a situação seja preocupante. Nesse sentido, a gente espera que sejam mantidas as medidas de isolamento e o avanço da vacinação”, diz o coordenador.

Manutenção da quarentena no estado

Batizada de “fase de transição”, a atual etapa da quarentena que está em vigor em São Paulo desde o dia 18 de abril não leva em consideração os indicadores da pandemia. Se índices como taxa de ocupação de leitos e novas internações fossem utilizados como anteriormente, a maior parte das regiões do estado estariam na chamada fase vermelha.

Após uma piora no número de mortes e casos, o governador João Doria (PSDB) chegou a recuar da decisão de ampliar ainda mais as permissões dos setores econômicos com a liberação do funcionamento do comércio e serviços até 22h. No entanto, foram mantidas as regras que já estavam em vigor, que já são mais permissivas.

De acordo com Menezes, o Centro de Contingência não deve recomendar que medidas mais restritivas sejam adotadas nos próximos dias.

“Nossa avaliação é de manter as medidas atuais, estendê-las, mas sempre lembrando que a pandemia não acabou e que as pessoas não devem sair por aí sem máscara e desrespeitando as regras. Existe um balanço entre a transição e a possibilidade de ter medidas mais permissivas. Estamos vendo que a adesão a novas restrições seria muito pequena”, diz.

“Acho importante ressaltar que o estado de São Paulo é o único que continua com o nível de restrição que a gente tem. Com abertura do comércio até 21h, limite de 40% de ocupação. Outros estados a gente tem observado muito mais liberação.”

Pressão no sistema de saúde

Nesta semana, São Paulo voltou a ultrapassar o patamar de mais de 11 mil pacientes em UTI, o que não observado desde o dia 23 de abril.

Segundo levantamento  com dados da Secretaria Estadual de Saúde, a internação total de UTI têm subido diariamente no estado há 22 dias consecutivos.

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Abril foi o mês mais letal desde o início da pandemia. O colapso no sistema de saúde também fez com que mais de 500 pessoas morressem à espera de um leito de UTI no estado.

Embora em maio tenha sido observada uma queda no número de internações, casos e mortes, essa queda não foi suficiente para voltar a patamares anteriores às do pico da segunda onda.

Esse novo aumento de internações de junho – chamado de terceira onda da epidemia ou de repique da segunda onda – preocupa cientistas e infectologistas porque acontece no momento em que o sistema de saúde já está sobrecarregado com taxas de ocupação acima de 80%. Em fevereiro, antes do início da segunda onda, as ocupações de UTI no estado mantinham média de 66%.

Na capital paulista, as taxas de ocupação de leitos não-Covid também já estão atualmente acima de 90%, o que aumenta a dificuldade para que estruturas sejam adaptadas de forma emergencial.

O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, estima que valores parecidos ao colapso de abril podem voltar a ser registrados na cidade de São Paulo já na próxima semana.

Fonte: G1

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