O acidente aconteceu no dia 6 de janeiro, quando um talude que fica no Km 64 da rodovia cedeu e o barranco deslizou, soterrando todo o imóvel.

O dono do imóvel diz que não tem condições de retirar toda a terra do local. Uma plantação de bananas que era responsável pela renda do sitiante também ficou destruída. Até um lago com peixes que existia no local ficou coberto de terra.

“Tem a minha casa está avaliada em R$ 140 mil. Tem as criações que estão subterradas, que era uma vaquinha que meu irmão tirava leite com a minha sobrinhada. Tem tudo isso, as ferramentas, tudo está debaixo da terra”, disse o motorista e produtor rural José Evaristo de Souza.

A irmã do seu José Evaristo, a dona de casa Maria Regina de Souza Prado, relembrou como tudo aconteceu.

“Eu ouvi um barulho como se fosse uma carreta que estava descendo, aí a gente olhou, aquilo tava desmoronando tudo e tinha a casa do meu irmão, que fazia um ano que ele tinha construído, aí desceu isso tudo em cima da casa, foi a coisa mais feia, triste, a gente ficou com medo de chegar na porta da nossa casa, foi muito feio”, disse ela.

Sem a renda da venda das bananas que cultivava no sítio, o proprietário está tendo que depender da renda do trabalho da esposa como professora.

“To dependendo da minha esposa, da minha mulher, porque ela é professora, então a rendinha que está tendo, ela que está mantendo a despesa em casa, porque o resto, já acabou com tudo, aqui não tem nada, é um monte de terra, não ficou nada”, disse o produtor.

A família diz que até hoje não foi procurada por nenhuma autoridade e que, por isso, um processo foi aberto na Justiça.

“O processo já está correndo desde o mês passado. Entramos na Justiça comum, de Pouso Alegre. Estamos aguardando a análise do juiz para o Estado de Minas ser intimado e vir responder esse processo indenizatório, que é o dono material, que ele perdeu a casa e o dano moral, que é a dor sofrida pelo cidadão, no momento em que ele chega e não encontra mais a casa dele ali, então nós temos que ver o Estado indenizar o cidadão”, disse o advogado da família, José Celso de Araújo Júnior.

Procurados pela EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) informou que está apurando o caso com a área técnica do órgão.

A EPR Sul de Minas, concessionária que assumiu a BR-459, disse que o acidente aconteceu antes da empresa assumir a rodovia e por isso não iria comentar o assunto.

A Prefeitura de Senador josé Bento disse que pode sim ajudar a família, mas que no momento, não consegue retirar toda a terra do local, pois não tem maquinário suficiente para o trabalho. A prefeitura também reforçou que a família procure a justiça para resolver o problema.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) também foi contactado, mas até a publicação desta reportagem, ainda não havia retornado.

Publicado por Weber Gomes
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Fonte: g1 Sul de Minas