O homem estava bebendo na cada dele, na zona rural de Caldas. Ele teria passado mal e foi encontrado pela ex-esposa, que acionou o Samu.

Uma ambulância de Santa Rita de Caldas se deslocou ao local e a equipe foi orientada pela Central do Samu a levar o homem para a Santa Casa de Ouro Fino.

Apesar do Samu de Poços de Caldas ser municipalizado e não pertencer à central do Samu do Sul de Minas, a equipe da ambulância foi reorientada a buscar ajuda na UPA de Poços, já que era a cidade mais próxima.

Durante o percurso, o homem teria entrado em parada cardiorrespiratória. Quando a ambulância chegou à UPA, ele já estaria sem sinais vitais e a UPA de Poços de Caldas teria se recusado a receber o paciente.

“Na UPA de Poços de Caldas houve uma recusa no atendimento, no sentido de que não competiria receber aquele paciente, pois eles entendiam que aquele paciente já estaria em óbito. Só que nossa equipe é composta por técnicos e condutor, são profissionais que, por lei, não tem como constatar um óbito, quem constata é médico. Então, esse paciente ou até mesmo, se fosse ocaso, e estivesse em óbito, deveria ter dado entrada na unidade, feitas as manobras do protocolo e lá sim atestado o óbito, se tivesse acontecido. Ele continuou na ambulância, nossa equipe acionou até mesmo a Polícia Militar, que entendeu não ser um caso de polícia e não quis registrar o boletim de ocorrência em um primeiro momento. Passado algum tempo, a situação foi resolvida e o paciente, no caso o corpo do paciente, deu entrada no IML de Poços de Caldas”, disse o procurador Cissul/Samu, Guilherme Maia.

A produção da EPTV, afiliada Rede Globo, entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Poços de Caldas. Por e-mail, a secretaria disse que “o paciente chegou à UPA por volta das 17h30 de domingo, em uma ambulância de Caldas, sem médico, com técnicos de enfermagem, com a informação de que ele teria sido encontrado em casa, já em parada cardíaca, de início desconhecido. Eles [profissionais] não souberam informar se ele foi retirado em óbito ou se teve parada cardíaca que evoluiu para óbito. Por isso, a UPA não recebeu o homem, já que seria um corpo e corpo não é paciente”.

A Polícia Civil instaurou inquérito e investiga a história.