O produtor rural Sebastião Barbosa Pereira é um dos moradores que convivem com esse tipo de situação. Ele passou por um susto na manhã de segunda-feira (20), quando chegou ao curral e encontrou apenas a carcaça de um dos bois dele no local.

Sebastião contou que os criminosos cortaram a cerca da propriedade durante a note de domingo (19) e invadiram o local.

“Se uma pessoa pega um boi da gente na nossa propriedade, leva no curral e mata e deixa lá a barrigada, é sinal de que essa pessoa veio pra qualquer coisa, talvez se eu tivesse ido lá ele tinha me matado, a gente fica com medo”, disse.

O produtor destacou que não foi a primeira vez em que ele passou por esse tipo de problema. De acordo com ele, há cerca de quatro anos, ladrões invadiram a propriedade dele e levaram dois bezerros.

“Até hoje a gente não tem notícia. Infelizmente é assim, a vida a nossa aqui na roça é isso aí”, disse o produtor.

Ele possui câmeras de segurança na portaria da propriedade. O equipamento, não entanto, não conseguiu capturar nitidamente o movimento dos criminosos. Por meio do sistema de segurança, foi possível ver apenas um vulto nas imagens.

Uma das vizinhas de Sebastião, que preferiu não se identificar, disse que foi roubada no último final de semana. Os criminosos, segundo contou, levaram o carro dela quando ela chegava em casa. O veículo só foi rastreado porque a vítima deixou o celular dentro dele.

Os moradores temem que novos crimes voltem a acontecer no bairro da zona rural de Pouso Alegre.

“Primeiro o pessoal se aposentava e vinha pra roça que era tranquilidade, hoja a roça não é mais tranquilidade, nós não temos segurança nenhuma aqui na roça, nós corremos risco toda hora”, completou.

O comando do 20º Batalhão da Polícia Militar disse que Pouso Alegre conta com duas patrulhas rurais que fazem ronda preventiva – mediante planejamento – e operações específicas na zona rural.

A PM destacou, ainda, que existe uma rede rural protegida. Os moradores podem fazer parte do grupo entrando em contato com a polícia, que irá verificar os dados para eventual inclusão. A Polícia Militar aponta que denúncias podem ser feitas pelos números 190 ou 181.

g1 Sul de Minas