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Game of Thrones usa terror para entregar a grande Batalha de Winterfell

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Quando a Batalha de Winterfell foi anunciada, muitos a compararam com a Batalha do Abismo de Helm, que acontece em O Senhor dos Anéis: As Duas Torres. Embora as referências existam e sejam claras, afinal Martin é um fã assumido de Tolkien, o terceiro episódio da temporada final de Game of Thrones se diferencia principalmente por acrescentar com sucesso elementos de terror ao combate.

Em O Senhor dos Anéis, os orcs são seres repugnantes, mas já conhecidos, que possuem estratégias de batalha, recuam e fazem planos contra os quais é possível montar uma investida. O que Winterfell presenciou na batalha de hoje foi uma disputa altamente sangrenta, com inimigos que vieram como uma grande onda deixando em seu caminho mais munição para o próprio exército. Esse, aliás, é outro fator importante: não importa quantos mortos cada guerreiro vivo faça, eventualmente eles podem se levantar de novo ainda mais fortes, até mesmo nas Criptas.

É preciso dizer, claro, que a TV tem um orçamento menor do que o cinema e isso fica bem claro neste episódio, que abusa de cenas escuras, coloca os personagens em ambientes fechados e guarda o orçamento para as esperadas disputas entre dragões vivos e o dragão zumbi Viserion. O diferencial aqui é que tais artifícios para esconder a falta de orçamento culminam em um episódio que entrega elementos de terror muito bem aplicados.

Começando pela trilha sonora. Enquanto Sam e Tyrion andam por uma Winterfell em preparação para o conflito, a música se mistura aos barulhos do ambiente, criando um ritmo de tensão contagiante para o público. Há outros momentos em que a trilha se destaca por não existir, como quando Arya foge dos mortos em um verdadeiro labirinto do terror dentro de Winterfell. Todos esses detalhes mostram como a produção foi inteligente e soube diferenciar a Batalha de Winterfell de outros conflitos vistos no cinema e na TV. Não, a luta de hoje não se parece em nada com o Abismo de Helm e isso é extremamente positivo.

Já a confusão da guerra em si conta com elementos conhecidos, aqui aumentados pelo uso da fumaça proeminente das chamas acesas para espantar os mortos, e de um nevoeiro causado pelo Rei da Noite. No meio da confusão, é difícil saber qual personagem está vencendo ou perdendo (no caso dos dragões também) e não é raro ficar na ponta do sofá procurando rostos conhecidos entre os mortos. Usando a sinceridade, o episódio matou menos personagens secundários do que o esperado. Se a nomeação de Brienne como Sor era um prenúncio de morte, esse fim virá depois. Também sobreviveram Tormund, Jaime, Sam e vários outros cotados para não resistir à grande batalha contra os mortos. Enquanto alguns fãs podem achar esse aspecto negativo, o comercial do próximo episódio indica que a temporada entra agora em outro momento, que é a batalha pelo Trono de Ferro, e tais personagens podem ter papéis importantes a desempenhar.

Falando nisso, não há como não fazer outro paralelo com O Senhor dos Anéis, dessa vez com a frase “até a menor das pessoas pode mudar o rumo do futuro” e é exatamente isso o que acontece com Arya. Em uma batalha com Jon Snow, Daenerys e seus dragões, Jaime Lannister, Sor Brienne e muitos outros, o papel esperado da jovem Stark era o que ela fez até certo ponto: lutar bravamente com sua arma de aço valiriano e derrotar a maior parte de mortos possíveis. Só que o encontro com Melisandre acontece e o destino finalmente é revelado: Arya é a pessoa certa para matar o Rei da Noite e foi impossível não soltar um gritinho quando a garota pula no último minuto para matar o comandante do exército de mortos.

É curioso perceber como aconteceu uma “subversão” do conto de Azor Ahai, o Príncipe que Foi Prometido, destinado a lutar contra a Longa Noite. Arya não precisou fazer um grande sacrifício, nem empunhou uma espada flamejante: a jovem entendeu qual era sua tarefa no mundo e, assim como Sauron não pôde prever a chegada de Frodo, o Rei da Noite não previu os movimentos rápidos e certeiros da jovem Stark. Sem dúvida esse é um momento de profunda homenagem à jornada da personagem e um deleite para os fãs que aprenderam a amar Arya desde a primeira temporada.

Qualquer que seja o destino dos personagens de agora em diante, o que a Batalha de Winterfell entregou foi mais do que momentos grandiosos e lutas entre dragões. Muitos dos que lutaram ali cometeram erros no passado – Jaime, Melisandre – mas ainda assim eles encontraram um momento para lutar com uma honra digna de qualquer grande personagem da cultura pop. Talvez a disputa tenha empolgado os fãs menos do que a celebrada Batalha dos Bastardos, mas ainda assim foi um confronto acertado para a temporada final.

Como dito anteriormente, Game of Thrones indica que entrará em uma nova fase agora. Porto Real e Cersei ficaram dois episódios fora das telas, mas com a derrota do grande exército dos mortos, os olhos de todos, principalmente de Daenerys, se voltam novamente para a disputa do Trono de Ferro – que aparentemente continuará existindo. Resta saber agora se toda essa honra de coragem vai continuar, ou se a disputa pelo poder se tornará maior do que tudo isso.

A temporada final de Game of Thrones é transmitida aos domingos pela HBO, às 22h. Os novos episódios também são disponibilizados semanalmente no serviço de streaming HBO Go.

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