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Em agosto, a privatização da Rodovia Fernão Dias completa 15 anos. Segundo a concessionária responsável, a Arteris, já foram investidos R$ 3,4 bilhões em obras e ainda serão empenhados mais R$ 2 bilhões na manutenção da via até 2025. Outras rodovias do Sul de Minas estão em processo de concessão a empresas.
A Rodovia Fernão Dias, que liga os estados de São Paulo e Minas Gerais, foi inaugurada no final da década de 1950 pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
A via passou por um leilão na segunda metade dos anos 2000 e, por meio de uma concessão à Autopista Fernão Dias, passou para as mãos do grupo Arteris S/A.
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Fernão Dias completa 15 anos de privatização durante leilões de outras estradas do Sul de Minas — Foto: Reprodução / EPTV
A via, que atualmente opera integralmente de forma privatizada, passa por 33 municípios ao longo de 570 km de extensão, 17 deles no Sul de Minas. Segundo a Arteris, em média 200 mil veículos passam pela rodovia todos os dias.
A Arteris diz já ter investido R$ 3,4 bilhões em obras na Fernão Dias. O valor, segundo eles, é diluído em todo o percurso, com obras de implantação de trevos e alças de acesso e aumento de vias em determinados trechos. Além disso, de acordo com a empresa, foram instaladas 86 passarelas para pedestres e pontos operacionais que oferecem apoio para os usuários da rodovia.
São oito praças de pedágio ao todo, distribuídas pelos 570 km administrados pela concessionária. Em todas elas, a tabela atual varia de:
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Fernão Dias completa 15 anos de privatização durante leilões de outras estradas do Sul de Minas — Foto: Reprodução / EPTV
“Do ponto de vista do usuário, a concessão traz maiores benefícios em termo da conservação da rodovia: sinalização, áreas de escape, pontos de apoio”, explica Alessandro Lopes, especialista em trânsito.
Conforme o especialista, para se entender as desvantagens, a conta que tem que se fazer é comparar quanto o usuário paga e o retorno da concessionária para o usuário.
“Se a gente for falar de valores, isso é difícil mencionar. Mas usando a Fernão Dias como parâmetro, a gente paga um pedágio em um valor acessível para ter um retorno que a gente espera da concessionária, deixar a rodovia sem buracos, bem sinalizada”, comenta Lopes.
Vale lembrar que oito rodovias da região são administradas pela EPR Sul de Minas, concessionária das rodovias do Sul de Minas, desde o dia 3 de março. O prazo da concessão é de 30 anos.
As vias contempladas integram o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de Minas Gerais e abrangem cerca de 22 municípios da região, com malha rodoviária que tem extensão total de 454,4 km.
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Fernão Dias completa 15 anos de privatização durante leilões de outras estradas do Sul de Minas — Foto: EPR Sul de Minas
“Minas Gerais está passando por um modelo que já tem há muito tempo no Estado de São Paulo. […] Minas tem uma característica diferente, terreno muito ondulado, muitas montanhas. A gente repara que muitas rodovias não têm acostamento. Então, essas concessionárias vão ter que se preparar para isso”, comenta o especialista em trânsito.
Outro trecho leiloado foi o “Varginha-Furnas”, quando o Consórcio Infraestrutura MG venceu com proposta única o leilão. A proposta de valor de pedágio de R$ 13,18. Ela vai explorar um total de 432,8 km de trechos de seis rodovias do Sul de Minas pelos próximos 30 anos.
“Sem dúvida há muito trabalho [pela frente]. Melhorar as estradas, colocar acostamento, sinalização adequada, pontos de apoio para usuário da vida. Se tudo isso funcionar bem, e o preço for justo, é um modelo que já deu certo em outros locais”, completa.
