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Comissão aprova inscrição de mineira que lutou por direitos de trabalhadores domésticos em Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

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O nome de Laudelina de Campos Melo, nascida em Poços de Caldas (MG) e pioneira na luta dos trabalhadores domésticos no Brasil, foi aprovado no Senado Federal para entrar no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou o projeto de lei nesta terça-feira (20), segundo a Agência Senado. O documento foi aprovado em caráter terminativo e segue direto para sanção da Presidência da República, exceto se houver recurso para votação no Plenário do Senado.

Laudelina nasceu em Poços de Caldas (MG) em 12 de outubro de 1904. Neta de escravizados, durante a vida se destacou na defesa dos direitos das mulheres, dos negros e das empregadas domésticas.

A mineira começou a trabalhar aos sete anos e abandonou a escola para cuidar dos irmãos enquanto a mãe trabalhava, já que o pai havia falecido.

Aos 16 anos passou a atuar de organizações sociais do movimento negro e foi eleita presidente do Clube 13 de Maio, que promovia atividades recreativas para a população negra da cidade.

Atuação e perseguição política

Já morando em São Paulo, a trajetória de Laudelina ganhou contornos políticos na década de 1930, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e militou pela Frente Negra Brasileira (FNB), entidade do movimento negro que também seria reconhecida como partido.

Ao mesmo tempo, fundou no início daquela década a primeira associação de trabalhadores domésticos do Brasil, em Santos. Naquela época surgiriam também outras entidades da categoria em território paulista.

Homenagem feita pelo Google a Laudelina de Campos Melo no dia em que ela completaria 116 anos — Foto: Google

Homenagem feita pelo Google a Laudelina de Campos Melo no dia em que ela completaria 116 anos — Foto: Google

Anos depois, ela atuaria como trabalhadora doméstica até meados dos anos 1950, quando morava em Campinas (SP) e passou a ganhar dinheiro por meio uma pensão que montou e de salgados que vendia em campos de futebol.

A associação fundada por ela havia voltado a funcionar em 1946, mas a trajetória de perseguições não havia acabado.

Doente, Laudelina acabou se afastando de sua entidade no fim dos anos 1960, e só voltaria a ela já no fim da ditadura, a pedido de amigas e companheiras. Em 1988, com a promulgação da nova Constituição, a associação finalmente se tornaria um sindicato.

Laudelina morreu em 1991, aos 86 anos de idade, em Campinas.

Só em 2013, com a aprovação da chamada PEC das Domésticas, os trabalhadores domésticos passariam a ter direito a benefícios semelhantes aos de outras categorias profissionais, como jornada de trabalho de 44 horas semanais, com limite de oito horas diárias, e o pagamento de hora extra.

“(A trajetória de Laudelina) foi fundamental para a organização da categoria na busca de direitos. Laudelina também levantou, através da sua atuação sindical, bandeiras contra o preconceito racial e contra a discriminação das mulheres”, afirmou a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas.

Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

Conhecido como Livro de Aço, por seu material de fabricação, o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria fica localizado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Segundo a Agência Senado, ele se destina ao registro perpétuo do nome dos brasileiros e brasileiras que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com excepcional dedicação e heroísmo.

Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria — Foto: Agência Senado / Moisés Nazário

Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria — Foto: Agência Senado / Moisés Nazário

Publicado por Weber Gomes
Registro Profissional (DRT) nº 07810/MG
Fonte: g1 Sul de Minas

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