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Cidades sul mineiras detectaram agrotóxico na rede de abastecimento de água

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Cerca de 90 cidades do Sul de Minas detectaram pelo menos um agrotóxico em redes de abastecimento de água. Quase metade delas, 40 cidades, detectaram ao todo 11 tipos de agrotóxicos. Os dados são do Painel do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, do Ministério da Saúde.

Uma lista divulgada pela ONG Repórter Brasil, baseada nos mesmos dados, também mostrou que oito cidades da região tiveram 27 tipos de agrotóxicos diferentes detectados na água consumida, o chamado “efeito coquetel”, que preocupa especialistas.

Agrotóxico na água: 90 cidades detectaram pelo menos um tipo em testes na rede de abastecimento no Sul de Minas — Foto: Pixabay

Agrotóxico na água: 90 cidades detectaram pelo menos um tipo em testes na rede de abastecimento no Sul de Minas — Foto: Pixabay

Segundo os dados do Ministério da Saúde, 1.609 municípios brasileiros, seis em cada 10 que fizeram testes, encontraram ao menos um tipo de agrotóxico em sua água. Esse número pode ser ainda aior, já que mais da metade dos municípios, 56%, não enviaram dados ou publicaram informações consideradas inconsistentes pelo Ministério da Saúde.

Confira abaixo as cidades e o número de agrotóxicos encontrados:

  • Alfenas – 11
  • Andradas – 11
  • Arceburgo – 11
  • Areado – 9
  • Boa Esperança – 22
  • Bom Repouso – 20
  • Bom Sucesso – 19
  • Borda da Mata – 11
  • Brazópolis – 13
  • Bueno Brandão – 11
  • Cabo Verde – 11
  • Cachoeira de Minas – 11
  • Caldas – 11
  • Camanducaia – 12
  • Cambuí – 22
  • Campanha – 11
  • Campestre – 11
  • Campo Belo – 27
  • Campos Gerais – 11
  • Cana Verde – 11
  • Candeias – 8
  • Capetinga – 12
  • Careaçu – 11
  • Carmo da Cachoeira – 21
  • Carmo do Rio Claro – 11
  • Carvalhópolis – 11
  • Carvalhos – 13
  • Cássia – 10
  • Conceição da Aparecida – 5
  • Conceição do Rio Verde – 11
  • Conceição dos Ouros – 17
  • Congonhal – 7
  • Coqueiral – 20
  • Cristais – 12
  • Cruzília – 11
  • Delfinópolis – 11
  • Espírito Santo Dourado – 21
  • Estiva – 9
  • Extrema – 12
  • Fortaleza de Minas – 11
  • Gonçalves – 11
  • Guaranésia – 11
  • Heliodora – 9
  • Ibitiúra de Minas – 11
  • Ingaí – 20
  • Ipuiúna – 11
  • Itajubá – 20
  • Itamogi – 11
  • Itapeva – 12
  • Itaú de Minas – 11
  • Itumirim – 10
  • Itutinga – 22
  • Jacutinga – 27
  • Lavras – 22
  • Liberdade – 10
  • Machado – 8
  • Maria da Fé – 11
  • Monsenhor Paulo – 11
  • Monte Santo de Minas – 11
  • Monte Sião – 9
  • Muzambinho – 11
  • Natércia – 11
  • Nazareno – 11
  • Nepomuceno – 27
  • Nova Resende – 10
  • Paraguaçu – 27
  • Paraisópolis – 27
  • Pedralva – 11
  • Perdões – 11
  • Piranguçu – 13
  • Piranguinho – 22
  • Poços de Caldas – 27
  • Pouso Alegre – 22
  • Ribeirão Vermelho – 11
  • Santa Rita de Caldas – 12
  • Santa Rita do Sapucaí – 11
  • Santana da Vargem – 11
  • São João Batista do Glória – 22
  • São José da Barra – 4
  • São Lourenço – 27
  • São Sebastião do Paraíso – 11
  • São Tomé das Letras – 11
  • São Tiago – 6
  • São Tomás de Aquino – 9
  • Sapucaí-mirim – 10
  • Senador Amaral – 12
  • Senador José Bento – 22
  • Silvianópolis – 21
  • Três Corações – 11
  • Três Pontas – 27
  • Turvolândia – 11

Prefeitura alega erro humano

Em nota enviada, a Prefeitura de Paraisópolis (MG) informou que a água distribuída na cidade está em conformidade com os padrões estabelecidos e que as alterações dos níveis detectados provêm de erro humano, no momento da digitação dos parâmetros no sistema SISAGUA, pela Vigilância Sanitária.

Conforme a prefeitura, o nível correto do parâmetro CLORDANO constante nas análises era de <0,01000 µg/L. Entretanto, conforme a prefeitura, por engano, foi digitada a numeração 1,01 µg/L, que acusou a alteração.

A prefeitura disse ainda que a justificativa foi acatada pela Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre e uma nova coleta será realizada como contraprova no final de outubro.

O que dizem as autoridades

Segundo o governo de Minas Gerais, toda a água distribuída no Sul e Sudoeste de Minas Gerais é garantida por um laboratório regional da Copasa. A unidade atende a 124 municípios e realiza mais de 200 análises diariamente. Ainda conforme o governo, todo o trabalho segue normais internacionais, que garantem qualidade e confiança nos resultados.

A Copasa informou na segunda-feira (16) que não opera o sistema de abastecimento de água em nenhuma das cidades onde 27 tipos de agrotóxicos diferentes foram encontrados. O g1 aguarda retorno sobre as demais cidades citadas.

O Diretor Superintendente do CISAB SUL – Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico do Sul de Minas, Elton Barri, informou que presta apoio técnico às cidades de Nepomuceno, Sâo Lourenço, Três Pontas e Campo Belo e que são feitas análises periódicas da água conforme exigência do Ministério da Saúde. E que, nessas amostras, nenhum indicativo de agrotóxico acima dos limites de quantificação ou fora dos padrões estabelecidos foi encontrado. A forma de lançamento e interpretação dos dados no sistema nacional pelos municípios seria a explicação do que pode ter gerado uma interpretação equivocada dos valores enviados.

O Ministério da Saúde disse que, ao encontrar valores acima do padrão ou até mesmo a presença constante das substâncias na água de algum sistema ou solução alternativa de abastecimento, sugere-se às vigilâncias locais e estaduais que sejam tomadas medidas com vistas à prevenção de risco à saúde.

“Além disso, a autoridade de saúde pública local deve notificar o respectivo prestador de serviço para que tome as providências cabíveis. Caso os dados demonstrem que o problema ocorra de forma sistemática, é preciso buscar soluções a partir da articulação com os demais setores envolvidos”, disse o Ministério da Saúde, em nota enviada. (Confira na íntegra abaixo)

Nota Ministério da Saúde

A exposição aos agrotóxicos é um problema de saúde pública prioritário na agenda do Ministério da Saúde. Para reduzir a exposição a agrotóxicos, considerando todas as vias de exposição, é imprescindível que as políticas públicas dos diversos setores envolvidos, tais como saúde, meio ambiente, recursos hídricos, saneamento, agricultura, indústria, trabalho, entre outros, estejam alinhadas à prevenção de riscos à saúde da população.

A organização dos serviços de vigilância da qualidade da água prevê uma cadeia de atuação complementar e suplementar entre os atores envolvidos. Dessa forma, as ações do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) são desenvolvidas pelas Secretarias de Saúde Municipais, Estaduais e pelo Ministério da Saúde, conforme os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

O SUS desenvolve uma série de ações voltadas à proteção da saúde das populações expostas ou potencialmente expostas aos agrotóxicos. Especificamente quanto às ações para controle da ocorrência de agrotóxicos na água de consumo humano, inicialmente, é necessário conhecer a real situação de ocorrência dessas substâncias nos mananciais, com vistas a auxiliar na identificação de áreas com maior probabilidade de exposição humana a agrotóxicos e na definição de ações preventivas e corretivas.

Diante do problema de saúde pública decorrente da exposição humana a agrotóxicos, o setor de saúde vem buscando implementar ações voltadas para a atenção integral à saúde das populações expostas. A Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA) visa a execução de ações de saúde integradas, compreendendo a promoção à saúde, à vigilância, à prevenção e ao controle dos agravos e das doenças decorrentes da exposição aos agrotóxicos. Uma das ações da VSPEA é o monitoramento de agrotóxicos em água para consumo humano.

Estas ações têm o objetivo de identificar a ocorrência de princípios ativos na água para consumo humano. Ao encontrar valores acima do padrão ou até mesmo a presença constante das substâncias na água de algum sistema ou solução alternativa de abastecimento, sugere-se às vigilâncias locais e estaduais que sejam tomadas medidas com vistas à prevenção de risco à saúde. Além disso, a autoridade de saúde pública local deve notificar o respectivo prestador de serviço para que tome as providências cabíveis. Caso os dados demonstrem que o problema ocorra de forma sistemática, é preciso buscar soluções a partir da articulação com os demais setores envolvidos.

O Ministério da Saúde informa ainda que disponibiliza painéis públicos de informações, com o propósito de fornecer informações sobre a qualidade da água para consumo humano de forma ágil, possibilitando, assim, uma atuação mais oportuna da vigilância. No portal do Departamento de Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde, estão disponíveis painéis que abordam os parâmetros monitorados semestralmente pelos responsáveis pelo abastecimento de água e os parâmetros básicos monitorados pelo Setor Saúde.

 

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Publicado por Weber Gomes
Registro Profissional (DRT) nº 07810/MG

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