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Promotoria revela nomes de dois suspeitos de participação em esquema de corrupção no presídio de Varginha

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A Promotoria de Justiça confirmou o nome de dois suspeitos de participação em esquema de corrupção no presídio de Varginha (MG). Ao todo, cinco pessoas foram presas nesta segunda-feira (14) durante operação deflagrada pelo Ministério Público. Segundo o MP, diretores do presídio, policiais penais, advogados e intermediários participavam da organização criminosa, que praticava corrupção passiva, receptação e embaraço às investigações.

Dois dos cinco suspeitos presos durante a operação tiveram os nomes revelados. De acordo com a Promotoria de Justiça, o advogado Fábio Gama foi preso temporariamente e o diretor do presídio, Welton Donizete Benedito, foi detido preventivamente.

Ministério Público fez operação contra esquema de corrupção no presídio de Varginha — Foto: Reprodução EPTV

Ministério Público fez operação contra esquema de corrupção no presídio de Varginha — Foto: Reprodução EPTV

Com relação ao advogado, a promotoria destacou que a prisão dele é válida, inicialmente, por cinco dias, mas o prazo pode ser prorrogado. Já o diretor do presídio teve a prisão preventiva decretada e não possui um prazo para soltura.

A produção da EPTV, afiliada Rede Globo, não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos citados na reportagem até esta publicação.

De acordo com a promotoria, diretor do presídio e advogado foram presos suspeitos de participar do esquema de corrupção em Varginha (MG) — Foto: Reprodução/EPTV

De acordo com a promotoria, diretor do presídio e advogado foram presos suspeitos de participar do esquema de corrupção em Varginha (MG) — Foto: Reprodução/EPTV

Operação ‘Penitência’

O Ministério Público deflagrou na manhã desta segunda-feira a operação ‘Penitência’. A ação visa combater esquema de corrupção no presídio de Varginha.

A operação ‘foi realizada pelo Gaeco, Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, em conjunto com a Promotoria de Justiça, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais, a Polícia Militar e a Polícia Civil. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária contra os investigados.

Segundo as investigações, policiais penais cobravam propinas dos presos para os mais diversos fins, dentre eles transferências ou permanência na unidade local para quem está no regime semiaberto, obtenção de trabalho externo ou interno e outros confortos. Advogados e particulares seriam os intermediários das propinas.

“Foi verificado que mediante pagamento de propina, os indivíduos privados de liberdade conseguiam transferências para o presídio de Varginha, conseguiam permanência no presídio de Varginha, conseguiam lograr trabalho externo ou interno, bem como outros benefícios dentro do sistema prisional. Se apurou também que alguns advogados, até aqui neste momento um advogado segundo apurado, fazia a intermediação dessa propina, assim também como um empresário, era responsável por fazer o elo entre os policiais penais e essas pessoas que estavam fazendo os pagamentos dessas vantagens”, explicou o coordenador do Gaeco, promotor Igor Serrano.

Ainda segundo o promotor, as investigações apontaram que os valores cobrados pelos servidores dos internos chegavam a R$ 15 mil.

Coordenador do Gaeco, Igor Serrano detalha esquema que funcionava no presídio de Varginha — Foto: Reprodução EPTV

Coordenador do Gaeco, Igor Serrano detalha esquema que funcionava no presídio de Varginha — Foto: Reprodução EPTV

“Há informações que as transferências tinham preços variados, por volta de R$ 15 mil, o trabalho externo também tinha preço variado, em alguns casos R$ 5 mil, em alguns casos R$ 8 mil. Se sabia desde logo da existência desse esquema, os participantes eram os próprios presos, isso foi uma coisa apurada durante a investigação que os presos eram cientes que isso acontecia há muito tempo e falam inclusive sobre isso abertamente, de que para se obter trabalho externo, eles têm que pagar, que para obter uma transferência, eles têm que pagar. Então sabedores disso, de que há um esquema, esses intermediadores pegavam o dinheiro a partir da solicitação dos diretores e policiais penais e encaminhavam exatamente para as pessoas líderes da organização criminosa, que eram exatamente os servidores públicos”, disse Igor Serrano.

Ainda conforme o promotor, foi pedida a prisão preventiva dos envolvidos, já que eles estavam tentando atrapalhar as investigações, destruindo provas e apagando mensagens de celular.

“Um dos motivos da decretação da prisão preventiva dos investigados foi que durante as investigações nós conseguimos produzir elementos de investigação no sentido que eles estavam destruindo as provas e se comunicando entre si para combinarem as versões. Essa foi a razão pela qual os mandados foram cumpridos sem a oitiva, uma vez que eles já estavam interferindo negativamente na produção da prova”, completou Igor Serrano.

O Ministério Público informou que as investigações continuam. Ainda de acordo com o MP, foi oferecida denúncia contra seis pessoas pela prática de 11 crimes. Uma outra denúncia já havia sido feita contra duas pessoas pela prática de seis crimes.

O que dizem os órgãos de segurança

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG) confirmou a prisão de dois diretores e dois policiais penais do presídio de Varginha.

O Departamento Penitenciário de Minas Gerais acompanha as investigações e presta assistência ao Ministério Público.

A Sejusp, em nota, disse que não compactua com quaisquer desvios de conduta dos seus servidores e que apura os atos que não condizem com a prática funcional de seus agentes, guardando sempre o direito à ampla defesa e ao contraditório.

g1 Sul de Minas

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