Em setembro, conforme os dados do sistema, a cidade estava na zona vermelha, quando 522 novos casos foram registrados em um mês: uma média de 17 por dia. O número de confirmações está caindo e atualmente a média diária já está em sete novas infecções. É o que mostra o monitoramento da curva de transmissão desenvolvido na universidade.

“A gente desenvolveu alguns códigos, alguns algoritmos, próprios nossos, que a gente alimenta toda essa codificação com os dados de contaminação da cidade. Então, a gente consegue além de prever os casos futuros, dizer em que fase a gente está atualmente na pandemia”, explicou o professor Guilherme Gomes.

O programa é alimentado por dados e com eles os cálculos são feitos utilizando inteligência artificial. Desta forma, o professor consegue fazer uma estimativa do comportamento do vírus na cidade. Um dos exemplos de possibilidades é a de quantos novos casos devem aparecer nos próximos dias.

No último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, na quarta-feira (28), Itajubá registrou 1.581 casos até agora, sendo 59 mortes. De acordo com o programa da Unifei, até a semana que vem 129 novas confirmações devem aparecer.

O professor mostra que através dos dados gerados é possível uma previsão otimista para janeiro de 2021.

“O final da contaminação na cidade, aquela contaminação significativa, não que a pandemia vá acabar, [deve ser] em 2021. Isso vai ser uma suavização se a população continuar tomando as medidas adequadas”, disse.

A estimativa de diminuição de contaminações em Itajubá, assim como explica o professor, ocorrerá caso a população continuar mantendo as medidas preventivas de Covid-19. E é o que pede o administrador Michael Robert dos Santos, que teve coronavírus na cidade.

“O pessoal tem que tomar cuidado, porque o vírus não é brincadeira. O vírus é uma coisa séria e a gente tem que tomar muito cuidado. Enquanto a gente não tiver uma vacina e não estiver imune, não tem vida normal”, comentou.

Os dados de evolução dos casos de Covid-19 estão disponíveis no site do professor Universidade Federal de Itajubá Guilherme Gomes.

Fonte: G1 Sul de Minas