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O prefeito Vérdi Lúcio Melo (Avante) anunciou nesta quinta-feira (25) que Varginha permanece fora da onda roxa imposta pelo governador Romeu Zema (Novo). Vérdi admitiu que há uma ação civil pública do Governo de Minas que pode fazer a cidade migrar de fase, mas afirma que defende que os comerciantes possam trabalhar.
“Se eu fechar tudo como é que o coitadinho vai fazer? Não adianta tapar o sol com a peneira. Não quero culpar o comércio, quero culpar a população. No final de semana é festa, é rancho. Às vezes em outra cidade que não tem como alcançar. Poderia dizer que estou na onda roxa e fechar os olhos. Independentemente de estar na onda roxa, eu tenho que trabalhar, tenho que aumentar as barreiras, aumentar os leitos de CTI”, disse o prefeito na coletiva
Vérdi ressaltou que as restrições impostas quando a cidade divulgou que não iria aderir à onda roxa e as outras estabelecidas posteriormente permanecem. Além disso, ele destacou que novo decreto, publicado no fim da tarde desta quinta, traz outras medidas rígidas para o combate à Covid-19.
“Vamos implantar seis barreiras para impedir que as pessoas venham fazer passeios em nossa cidade. Vamos ainda instalar uma câmera na entrada da cidade para quando o carro chegar na barreira já ter a informação de onde é o veículo”, disse.
Vérdi ainda falou sobre nenhum cidadão ter ficado sem atendimento em relação à Covid-19 na cidade e relembrou a abertura de novos leitos para tratamento da doença.
Prefeito Vérdi Lúcio Melo (Avante) anuncia que Varginha segue fora da onda roxa — Foto: Ernane Fiuza/EPTV
O Governo do Estado entrou com uma ação civil pública contra a Prefeitura de Varginha. A ação pede para que o município siga a onda roxa do programa Minas Consciente, sob multa diária de R$ 500 mil.
O prefeito admitiu a existência da ação e afirmou que o setor jurídico da prefeitura está respondendo esta situação. Vérdi salientou que se decisão for para a adesão da onda roxa, Varginha irá cumprir a determinação.
O procurador do município, Evandro Marcelo dos Santos, falou na coletiva sobre a ação e também afirmou que a cidade cumprirá em caso de derrota na Justiça.
“Há uma multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. Multa é fixada pelo juiz, cada um pede o quanto quiser. Nenhum juiz fixa uma multa em um valor desse. É uma ação civil pública que a gente já esperava. Nós informamos que o município já respondeu e a decisão agora cabe ao Poder Judiciário. Se determinar que precisa aderir à onda roxa, Varginha vai aderir. Se disser que não, o município fará da forma que vem fazendo, um equilíbrio entre a saúde e a economia”, falou.
O decreto foi publicado no fim da tarde pela prefeitura. Segundo a administração municipal, os documentos anteriores seguem em vigor e o novo restringe o funcionamento de alguns setores.
Os supermercados podem funcionar de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, mas não podem abrir aos domingos. O horário de atendimento das padarias fica limitado aos domingos e feriados: das 5h às 13h.
O documento estabelece, ainda, que as academias permanecem autorizadas a funcionar das 8h às 20h de segunda a sexta-feira. Aos sábados, domingos e feriados os estabelecimentos não podem abrir.
A proibição da venda de bebidas alcoólicas aos sábados, domingos e feriados, seja de maneira presencial ou delivery, segue mantida. Bares, restaurantes, lanchonetes, pizzarias e lojas de conveniências também não podem fazer atendimento presencial aos sábados, domingos e feriados, apenas por delivery e retirada no balcão (sem acesso ao estabelecimento), respeitando a restrição de comércio de bebidas alcoólicas.
As aulas presenciais, conforme o decreto, ficam adiadas para retornar no dia 3 de maio.
Conforme o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura, Varginha contabiliza 7.481 contaminações pela Covid-19, sendo 144 mortes em decorrência da doença. No balanço desta quinta-feira, a administração municipal registrou 101 casos positivos de coronavírus e cinco óbitos.
Fonte: G1 Sul de Minas