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Pesquisa feita por biólogo mineiro aponta mais de 70% de ingestão de plásticos pelo peixe Curimbatá no Rio Tietê

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Uma pesquisa recente mostrou que mais de 70% dos peixes curimbatás estudados fizeram a ingestão de plástico no Rio Tietê. O estudo foi realizado pelos biológos Bruna Urbanski e o mineiro de Carmo do Rio Claro (MG), Valter Azevedo-Santos.

A Curimba, como é mais conhecida, é um peixe utilizado para consumo humano na América do Sul. No Brasil, ele é muito consumido no estado de São Paulo. Segundo o pesquisador Valter Azevedo-Santos, os estudos sobre ingestão de plástico por animais de água doce ainda são escassos, por isso, surgiu a necessidade de pesquisar sobre o assunto.

“A maior parte das notícias sobre impactos dos plásticos abordam oceanos. Motivados pela necessidade de mais estudos no país, resolvemos investigar ingestão de plástico por Curimbas do Rio Tietê. Esse foi o primeiro passo, mas novos estudos na região ainda são necessários, especialmente envolvendo mais espécies”, explicou o pesquisador.

A pesquisa foi realizada por meio de exames do conteúdo digestivo dos peixes provenientes do Rio Tietê. O projeto teve início em 2019, mas foi publicado em 2020. Segundo os pesquisadores, este foi o primeiro estudo a relatar a ingestão de plásticos pela espécie Prochilodus lineatus (Curimbatá) em rios brasileiros.

Plástico capturado em redes no Rio Tietê para pesquisa sobre ingestão de plásticos por peixes de água doce. — Foto: Arquivo Pessoal

Plástico capturado em redes no Rio Tietê para pesquisa sobre ingestão de plásticos por peixes de água doce. — Foto: Arquivo Pessoal

Foram examinados 32 peixes coletados em dois ambientes diferentes: o rio Tietê e o rio do Peixe. O estudo mostrou que cerca de 72% dos animais analisados continham plástico em seus tratos digestivos.

Segundo a bióloga, o tamanho das partículas de plástico encontradas variou de 0,18 a 12,35 milímetros, caracterizando uma ingestão de micro e mesoplásticos.

“A ingestão de plástico deve ser predominantemente acidental, uma vez que a espécie possui um hábito alimentar iliófago, ou seja, se alimentam de larvas de insetos, ovos de moluscos, algas, fezes de outros peixes, entre outros.. A importância regional dessa espécie como recurso pesqueiro evidencia uma grande problemática e a necessidade urgente de medidas de mitigação contra a poluição na bacia do rio tietê”, afirmou Bruna

A pesquisa também foi desenvolvida com o apoio dos biólogos Marcos Nogueira e Ana Denadai.

Plástico boiando no Rio Tietê — Foto: Arquivo Pessoal

Plástico boiando no Rio Tietê — Foto: Arquivo Pessoal

Paixão pelos peixes

Nascido em Carmo do Rio Claro, Valter se declara fascinado pelos peixes desde criança, quando sua mãe e tios o levavam para pescar. A paixão se transformou em profissão e há 10 anos, o pesquisador estuda o comportamento dos animais.

Valter tem 30 anos e é graduado em Ciências Biológicas. Ele também é mestre e doutor em zoologia. Em 2019, publicou pela revista Environmental Pollution um estudo com um registro de mais de 400 espécies de peixes com ingestão de plástico.

De acordo com ele, outros estudos estão por vir. “Agora eu pretendo continuar fazendo pesquisas sobre impactos humanos sobre a biodiversidade de água doce”, finalizou.

Doutor em zoologia, o biólogo Valter Azevedo-Santos é natural de Carmo do Rio Claro (MG) — Foto: Arquivo Pessoal

Doutor em zoologia, o biólogo Valter Azevedo-Santos é natural de Carmo do Rio Claro (MG) — Foto: Arquivo Pessoal

Fonte: G1 Sul de Minas

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