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Parentes de pacientes com Covid internados no Hospital São Paulo relatam falta de notícias

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Parentes de pacientes com Covid-19 internados no Hospital São Paulo, na Zona Sul da capital, reclamam que têm ficado até uma semana sem receber notícias sobre o estado de saúde dos doentes.

No ato da internação, o profissional da recepção do hospital diz às famílias que um médico irá entrar em contato por telefone diariamente, às 18h. Mas o contato não tem acontecido, de acordo com o relato de um familiar que prefere não se identificar.

Segundo ele, o pai está internado com Covid-19 desde quinta-feira (1) no hospital e, até esta segunda-feira (5), recebeu apenas duas ligações da equipe com notícias do pai. Este familiar disse que conversou na recepção com uma senhora que também está com o pai internado na unidade e que só tinha recebido uma ligação dentro de sete dias.

“Ela me contou que, em uma semana, tinha conseguido contato uma única vez com um médico nesse período. E estava lá se matando pra obter informação.”

No relato, familiar disse que a equipe do hospital tentou até mesmo entregar o celular que estava com o pai internado, retirando a única forma de contato entre eles.

“Fui presencialmente ao hospital às 18h de sexta-feira depois de quase dois dias sem notícias. Um enfermeiro me disse que é mais efetivo ir pessoalmente. Não veio médico falar comigo. Veio uma enfermeira, para trazer pertences do meu pai. Inclusive o celular, que estava sendo nosso contato com ele. Imagine nossa angústia. Bati o pé. Falei: ‘O celular não levo. Façam o que quiserem com ele, mas não levo'”, contou.

De acordo com o mesmo familiar, a relação do hospital com as famílias está a cargo das equipes de médicos intensivistas e enfermeiros.

“Não existe uma sistematização, um protocolo, que envolva profissionais do serviço social ou da psicologia para fazer essa ponte, levar a informação e, por que não, uma acolhida humanizada, empática com as famílias. Identifico um problema na gestão e que pode ser atacado sem grandes invenções, sem grandes recursos. Se chega, a informação vem em uma conversa ali no ambiente conturbado da recepção, na correria, com um médico, um enfermeiro que precisa voltar urgentemente pro front. Imagine se essas equipes têm condições de atender essa demanda! Todo mundo perde”, afirma.

Ele também presenciou outros familiares sendo bem atendidos, porém.

“Vi uma moça sendo atendida com muita atenção por uma médica ali na recepção. Mas nitidamente, depende da disponibilidade do médico. De ele ter condições de fazer isso. E de novo, ali, no tumulto da recepção. Então, a questão central é essa: uma negligência nesse contato com as famílias e essa sobrecarga trazendo ainda mais pressão para médicos e enfermeiros.”

Para o familiar, é desesperador e angustiante não receber notícias do pai.

“Se o combinado de ligarem às 18h não se cumpre, imagine a angústia de uma família que não recebe a informação sobre o estado da pessoa internada. É desesperador. Fico imaginando a loucura no hospital, com o telefone tocando sem parar, famílias desesperadas em busca de informações sobre seus entes queridos. Se o contato não acontece, as famílias ficam à deriva. Ficam perdidas.”

Em nota, o Hospital São Paulo – Hospital Universitário da Unifesp disse que, devido ao agravamento da pandemia e seguindo a legislação vigente, foram alteradas as regras para visitação de pacientes dentro da unidade, especialmente em alas destinadas ao atendimento de Covid-19, assim como de transmissão de boletins médicos aos familiares de pacientes internados.

“Tais boletins são transmitidos via telefone, nos números cadastrados na ficha de admissão, em horários que variam de acordo com o setor de internação. Não procede a informação de que familiares permanecem uma semana sem notícias dos pacientes internados. Porém, como foram identificadas falhas pontuais de comunicação em uma das novas unidades de ampliação para atendimento Covid, o hospital já reorganizou processos para corrigir tal situação, monitorada constantemente para garantir a transmissão de informações aos familiares”, diz o texto.

Falta de insumos e proteína

Em fevereiro deste ano, médicos residentes do Hospital São Paulo, que pertence à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizaram um protesto contra a falta de condições para atender os pacientes. Por conta dos problemas, eles decidiram paralisar parte do atendimento.

Na ocasião, disseram que o hospital não tinha medicamentos básicos, nem materiais como luvas, aventais e seringas para atendimento da população.

Uma semana antes, o hospital já tinha sido alvo de denúncias, de pacientes e familiares de doentes internados, que relataram redução de proteína na alimentação. Durante uma semana, todos os internados receberam ovos nas refeições.

A unidade é administrada de forma compartilhada por um conselho gestor, do qual faz parte a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, e atende a todas as especialidades médicas, em especial as com procedimentos de alta complexidade.

Fonte: G1

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