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MP recorre de decisão que autoriza 3ª dose de vacina contra Covid-19 em idoso de Guaxupé

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O Ministério Público de Minas Gerais recorreu nesta terça-feira (20) da decisão que autorizou um idoso de 75 anos a receber uma 3ª dose da vacina contra Covid-19 em Guaxupé (MG). De acordo com o MPMG, a decisão do juiz Milton Biagioni Furquim foi “baseada em exame laboratorial inidôneo e parecer médico desprovido de comprovação científica”. A Prefeitura de Guaxupé também recorreu da decisão do magistrado.

Em nota publicada em seu portal oficial, o Ministério Público pede que a decisão que concedeu o direito de revacinação ao idoso seja suspensa pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O MPMG destaca que a determinação tem potencial de “provocar grave repercussão para a saúde pública no cumprimento do Plano Nacional de Imunização, o qual estabelece os critérios dos grupos prioritários para vacinação”.

Na decisão que autorizou a vacinação, o juiz Milton Biagioni Furquim diz que o pedido foi aprovado por ser uma decisão médica. De acordo com a exposição do magistrado, a médica do idoso afirma que o paciente fez um teste de anticorpos com resultado neutralizado e IgG negativos.

“Estes testes não são recomendados para indicar se uma pessoa está imune ou não ao vírus, pois os anticorpos neutralizantes encontrados nesses testes não são os únicos que compõem o sistema imunológico”, diz um dos trechos do recurso do Ministério Público de Minas Gerais.

Ainda de acordo com a decisão que autorizou a 3ª dose, o juiz destaca que a médica diz que o homem é hipertenso, cardiopata e recebeu as duas doses da CoronaVac. Por conta disso, foi solicitado que o nome do idoso seja incluído na lista de vacinação para pessoas com comorbidade e que a imunização dele seja feita com a vacina disponível, “exceção do CoronaVac e AstraZeneca.

Conforme o do MPMG, esta decisão pode ser, de forma indireta, causadora de pânico, insegurança e desespero em todos aqueles que tomaram as duas doses do imunizante CoronaVac.

“As pessoas podem imaginar que o presente ‘paradigma’ também lhes seja aplicável, ocasionando uma corrida aos serviços de saúde, visando à obtenção de nova vacinação, de outro fabricante, o que pode não ser possível”, ressaltou o Ministério Público de Minas Gerais.

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O que diz especialista sobre testes de anticorpos e 3ª dose

A médica infectologista Lívia Teixeira Vitale destaca que exames de anticorpos não são recomendados como indício de eficácia da vacinação e que, independentemente do resultado, eles podem gerar “falsa sensação” de desproteção ou mesmo de proteção.

“O que a gente tem visto é que muitas pessoas têm solicitado exames, principalmente o chamado de anticorpos neutralizantes, que é para ver se a pessoa está imunizada. Não é indicado, o resultado negativo pode dar uma falsa sensação de desproteção”, disse.

Em relação à CoronaVac, a especialista relembrou que ela foi a primeira vacina a ser utilizada no Brasil, sendo aplicada nos servidores da saúde que trabalham na linha de frente da Covid-19. Segundo ela, o resultado do imunizante foi positivo na diminuição dos casos e nos efeitos do coronavírus em servidores.

“O que a gente tem visto é uma diminuição absurda no número de casos. Os casos que a gente tem visto são, na maioria das vezes, casos leves. E [a CoronaVac] é a vacina que mais proteção causa contra óbitos. Não existe essa questão de escolher qual a vacina, a vacina boa é vacina no braço”, falou.

A infectologista também falou sobre estudos sobre a necessidade ou não de uma terceira dose da vacina contra Covid-19.

“Estudos estão sendo seguidos, provavelmente serão necessárias doses adicionais ou até mesmo, como a vacina de gripe, anual. Talvez a de coronavírus seja anual. Todas as vacinas são boas, todas possuem a sua eficácia, todas têm o seu espaço garantido. Quando a gente fala de aplicação de terceiras doses, como a gente tem visto, de pessoas que têm procurado isso, estamos falando de saúde individual. E não é o momento disso. Estamos falando agora de saúde pública. Quanto mais pessoas imunizadas, mais fácil vai ser a gente controlar a pandemia. Esse tem que ser um esforço coletivo e deixar questões individuais para um segundo momento”.

O que diz o Butantan

Em nota enviada ao G1 e à EPTV, afiliada Rede Globo, o Instituto Butantan esclarece que a eficácia da CoronaVac foi comprovada por testes clínicos realizados com 12.500 voluntários no Brasil e que embasaram a aprovação de uso emergencial pela Anvisa e, mais recentemente, pela própria Organização Mundial da Saúde.

O instituto ainda destaca que o imunizante previne especialmente as formas graves da Covid-19, evitando hospitalizações e óbitos.

“Conforme nota técnica emitida pela Sociedade Brasileira de Imunizações, não é aconselhável a realização de testes sorológicos de anticorpos para aferir a proteção individual de vacinas contra a Covid-19, disse o Butantan.

Fonte: G1 Sul de Minas

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