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Moradores do Sul de MG mobilizam campanhas para doação de medula

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Moradores do Sul de Minas estão se mobilizando para aumentar o número de cadastros de doadores de medula óssea. As campanhas criadas em cidades da região estão contribuindo para o tratamento de muitas pessoas, como o padre Andrey Nicioli em Pouso Alegre (MG) e o José Augusto em Poços de Caldas (MG).

Os resultados podem ser observados com o aumento do número de cadastros de doadores de medula óssea neste ano em Minas Gerais. De janeiro a março, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) registrou 5.130 novos cadastros, 374 a mais do que neste mesmo período do ano passado.

Bons números ao comparar com os dados nacionais. Em todo o país, houve queda no cadastro de doadores de medula. Entre janeiro e março de 2020 eram 47.860. Neste mesmo período em 2021, foram registrados 37.693 novos cadastros, 10 mil a menos.

A campanha criada pelo padre Andrey teve início no mês de março. O padre decidiu usar a descoberta da doença para ajudar outras pessoas.

Andrey Nicioli foi diagnosticado com mielodisplasia, uma doença rara que pode ser caracterizada como uma pré-leucemia. A doença foi descoberta no dia 17 de fevereiro deste ano, na quarta-feira de cinzas.

Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, a Síndrome Mielodisplásica acontece quando as células localizadas na medula óssea começam a apresentar problemas em sua produção e em seu amadurecimento, ocasionando uma superpovoação de células jovens. Assim, as células não conseguem exercer suas funções corretamente.

“No início, com certeza, assusta. Muitas perguntas vêm à cabeça. Mas a orientação e acolhida médica nesse importante são importantíssimas. Por causa do meu tratamento, minha imunidade e minhas plaquetas caem extremamente, por isso tenho que ficar mais resguardado, principalmente por causa da Covid-19. Passado o susto da notícia, a gente volta a buscar o equilíbrio. A fé nos ajuda a entender as ações de Deus na vida. Tenho certeza de que Deus cuida sempre e em tudo preciso tirar algo bom”.

Padre Andrey Nicioli de Pouso Alegre (MG) foi diagnosticado com mielodisplasia — Foto: Arquivo Pessoal

Padre Andrey Nicioli de Pouso Alegre (MG) foi diagnosticado com mielodisplasia — Foto: Arquivo Pessoal

Foi com este pensamento que ele decidiu criar uma campanha de doação de medula óssea em sua cidade. Para que a cura chegue, ele vai precisar do transplante e decidiu expor seu caso para conscientizar e inspirar a população.

“A doação de sangue e de medula é um ato de vida, de caridade e de amor. Por que não acreditar que Deus possa usar de mim para um bem? Passando por essa experiência, também poderei testemunhar e ajudar tantas pessoas que enfrentam seus desesperos e doenças. Nunca me pergunto “Por quê?”, mas “para quê?””.

Na espera pelo transplante

Uma outra campanha para cadastro de doadores de medula trouxe bons resultados em Poços de Caldas (MG). José Augusto de Oliveira de 27 anos aguarda o transplante que deve ser realizado em maio deste ano. Zé, como é chamado, conseguiu encontrar um doador compatível com cerca de seis meses na fila.

“Muita felicidade. Um alívio. Foi muito bom saber quando encontraram um potencial doador, com grande compatibilidade, mesmo não sendo da família. Pra quem doa, pode parece coisa pequena. Pra mim, é a visualização que os desconfortos e o sofrimento estão chegando ao fim”, afirmou José.

A campanha foi organizada por amigos e familiares. No primeiro momento, a iniciativa focou nas doações de sangue e depois, na medula. A campanha que começou em Poços de Caldas ganhou repercussão e chegou até ao Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que ligou para o jovem.

“Teve um dia que eu estava em casa, muito fraco e sofrendo ainda os infortúnios da primeira quimioterapia, quando, de repente, recebo uma ligação surpresa do governador. Ele ficou sabendo da minha causa através de um contato da minha irmã e se solidarizou. Me desejou forças e energias positivas, inclusive me convidou pra tomar café após o tratamento.”, relembrou.

Em abril de 2020, ele foi diagnosticado com Leucemia Linfoide Aguda. Segundo a Abrale, a LLA representa cerca de 12% das leucemias no adulto.

“Fui percebendo que meu corpo começava a dar sinais bem anormais, por exemplo, muita fraqueza, palidez e emagrecimento num intervalo de poucas semanas. O avanço foi bem rápido. Não demorei pra procurar um médico e logo descobriram de fato o problema”, contou.

José Augusto de Oliveira encontrou um doador de medula compatível e aguarda o transplante em Poços de Caldas, MG — Foto: Arquivo Pessoal

José Augusto de Oliveira encontrou um doador de medula compatível e aguarda o transplante em Poços de Caldas, MG — Foto: Arquivo Pessoal

O tratamento inicial foi feito apenas com quimioterapia, agora ele aguarda o transplante. Ainda não há data para o procedimento. Enquanto isso, ele se prepara para a cirurgia.

“Isolamento total, muitas precauções. A imunidade fica muito baixa neste período de quimioterapias, portanto, todo cuidado é pouco. Muitas medicações e atividades leves para ajudar a mente e o corpo.”

Como ser doador de medula?

O Redome segue funcionando normalmente durante a pandemia. Para dar mais segurança ao doador de medula, o processo de coleta de amostras segue a mesma rotina e regras de segurança do processo da doação de sangue do hemocentro.

Assim, sempre que o doador precisa ir à unidade, existe a preocupação de que ele permaneça no local, o menor tempo possível e com regras de distanciamento social para evitar locais cheios.

Para ser doador é preciso procurar o hemocentro mais próximo e agendar uma consulta de esclarecimento ou palestra sobre doação de medula óssea. Após assinar um termo de consentimento livre e adicionar os dados pessoais, é retirado uma pequena quantidade de sangue (10ml) do candidato a doador. É necessário apresentar o documento de identidade.

O sangue é analisado e as características genéticas vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade. Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o candidato será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados.

Somente após todas estas etapas concluídas o doador poderá ser considerado apto e realizar a doação.

 Fonte: G1 Sul de Minas

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