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Covid-19: 60% dos positivos em MG são de testes rápidos, que ainda não têm eficácia comprovada

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Cerca de 60% dos resultados positivos para Covid-19 em Minas Gerais são provenientes de testes rápidos, que ainda estão passando por processo de verificação de eficácia e de desempenho, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A ampliação da testagem foi um dos fatores mencionados pelo Secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (1º), para justificar o aumento do número de casos da doença em junho.

No primeiro dia do mês, eram 10.670 casos confirmados para Covid-19. Em 26 de junho, eram 38.891 casos confirmados. Destes, 23.312 foram de testes rápidos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Teste rápido para Covid-19 — Foto: AEN/Divulgação

Teste rápido para Covid-19 — Foto: AEN/Divulgação

Os testes rápidos são aqueles realizados após dez dias de contágio pelo coronavírus e são indicados para identificar se o organismo produziu anticorpos. Para o diagnóstico, no momento em que aparecem os sintomas, o mais adequado é o PCR.

“Os testes rápidos servem muito mais para realização de inquéritos sorológicos. Não identificam caso agudo da doença. Indicam quem já teve contato com a doença”, explicou o infectologista Carlos Starling.

Pelos números divulgados pelo estado, Minas Gerais realizou 150.315 testes rápidos até o dia 26 de junho, somando rede pública e particular. A Secretaria de Estado de Saúde disse que não é possível informar, separadamente, o número de testes rápidos pagos daqueles realizados pelo SUS. Mas afirmou que recebeu 783.960 kits do Ministério da Saúde e distribuiu para todos os 853 municípios mineiros.

De acordo com Starling, esses testes devem ser vistos com ressalva por não terem eficácia, especialmente se utilizados da forma incorreta.

“São testes que devem ser vistos com muito cuidado. Tendem a superestimar o número de casos, porque tem muitos casos falsos positivos. Alguns têm até 50% de chance deste resultado. E também há chance de falso negativo, se for feito antes dos dez dias dos sintomas. A melhor performance é depois de 14 dias”, falou.

A própria Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) reconhece a limitação do uso destes testes, ao afirmar que existem “lacunas na sua aplicabilidade”, apesar da grande oferta e facilidade de uso. No Boletim Epidemiológico e Assistencial disponível no site da secretaria, a SES-MG mencionou que trabalha, neste momento, “na validação dos testes sorológicos comercializados no Brasil, cujos resultados são essenciais para a tomada de decisão nas ações de vigilância epidemiológica”.

Ainda de acordo com a SES-MG, o processo de validação, que vem sendo conduzido pelo Instituto René Rachou-Fiocruz, consiste na verificação do desempenho destes testes. Em um primeiro momento, os fabricantes interessados em participar do processo enviaram os exames; depois, o painel de amostras para análise foi estruturado. Neste momento, os testes são executados para que seja feito relatório técnico com resultados.

Testes PCR

Coleta para o teste RT-PCR (laboratorial), o tipo mais indicado para o diagnóstico da Covid-19 — Foto: Isabela Carrari/Prefeitura de Santos

Coleta para o teste RT-PCR (laboratorial), o tipo mais indicado para o diagnóstico da Covid-19 — Foto: Isabela Carrari/Prefeitura de Santos

Já no caso dos testes PCR, o mais indicado para o diagnóstico, o total de testes realizados foi quase metade: 86.256. Neste caso, segundo a SES, é possível estratificar os realizados pela rede pública e pela privada.

Enquanto os laboratórios do Estado realizaram um total de 36.043 até o dia 26 de junho, os da rede privada fizeram 50.216. Vale lembrar que Minas Gerais foi o quinto estado que mais recebeu testes PCR do Ministério da Saúde, 165.640 kits.

Entre os exames feitos no SUS, 6.107 deram positivo para Covid-19. Já na rede privada, 7.749 confirmaram a doença.

Segundo a SES-MG, o número baixo de testes PCR realizado em Minas Gerais é explicada pela dificuldade na obtenção de insumos, que estão em falta em mercado internacional.

A Secretaria afirmou que, independente do teste realizado, os casos notificados de Covid-19 no estado passam por um fluxo de informações até a inserção no boletim, o que inclui investigação epidemiológica, dados clínicos e cruzamento de informações.

Fonte: G1 Sul de Minas

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