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Comissão de Direitos Humanos da ALMG questiona ação que matou 26 suspeitos em Minas Gerais

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A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) questiona o modo de agir da polícia durante a ação que matou 26 suspeitos de roubos a bancos em Varginha (MG). A deputada Andréia de Jesus (PSOL), presidente do colegiado, quer que as investigações da Polícia Civil respondam se “matar” era “única forma de apreender as armas”.

“Por que não foi possível evitar as mortes? Qual é a avaliação feita no momento da operação de que a única forma de apreender as armas era matando as pessoas que estavam ali naquele lugar?”, disse a deputada.

A presidente da comissão disse que o “objetivo da polícia” deveria ser “prender os suspeitos”.

“O objetivo finalístico da polícia, na operação policial, é prender os suspeitos e apreender os possíveis instrumentos que estivessem lá, no caso as armas. O principal para a gente é: por que não foram preservadas as vidas? A gente está buscando que a polícia responda isso”, falou.

Andréia de Jesus também comentou sobre só haver confirmação de troca de tiros por parte da Polícia Militar.

“Por que não foi possível com todo o monitoramento, com escuta telefônica ter abordado esse grupo sem precisar do uso de balas. Essa informação só a Polícia Civil pode dizer depois da perícia do local. Se houve troca de tiros, a gente só tem hoje a verbalização da Polícia Militar”.

O que diz a PM sobre nenhum policial ferido

A Polícia Militar atribuiu o fato de nenhum policial ter ficado ferido durante a ação à ‘técnica’, ‘tática policial’ e ‘treinamento’ da equipe que atuou na operação.

“O que fez o diferencial e é importante ressaltar isso, do porquê não termos policiais feridos e os infratores atingidos e posteriormente vieram a óbito, em razão da técnica e tática policial, do treinamento e da especialidade desses policiais que foram empregados nessa ação. São policiais treinados para agir sob pressão, que conhecem desse tipo de infrator e por isso o sucesso da operação”, disse a porta-voz da Polícia Militar, capitão Layla Brunnela.

Segundo a capitão, os policiais foram recebidos com tiros pelos suspeitos de integrarem a quadrilha e por isso revidaram com o mesmo calibre.

“Todos foram socorridos de imediato, essa foi uma ação que durou poucos minutos, assim que foi encerrado esse tiroteio, esse confronto, todos foram socorridos em viaturas tanto da Polícia Militar, quanto da Polícia Rodoviária Federal e levados diretamente aos hospitais da cidade.

Operação e confronto

A operação conjunta entre Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) resultou na morte de 26 suspeitos de pertencerem a uma quadrilha roubos a bancos no domingo (31) em Varginha. De acordo com a PM, os suspeitos seriam especialistas neste tipo de crime.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os confrontos com os homens ocorreram em dois sítios diferentes localizados em duas saídas da cidade. Na primeira, os suspeitos atacaram as equipes da PRF e da PM, sendo que 18 criminosos morreram no local. Em uma segunda chácara, conforme a PRF, foi encontrada outra parte da quadrilha e neste local, após intensa troca de tiros, sete suspeitos morreram. A 26ª morte, do caseiro, foi confirmada só na manhã desta segunda-feira (1º).

Ao todo foram apreendidas 26 armas, dois adaptadores, 5.059 munições, 116 carregadores, capacetes à prova de balas, explosivos diversos, 12 coletes balísticos, sete rádios comunicadores, 12 galões de gasolina de 18 litros cada e quatro galões de diesel de 100 litros cada. Entre as armas, havia uma metralhadora ponto 50, além de fuzis e granadas. Pelo menos 12 veículos roubados que estavam com a quadrilha foram recuperados.

A Polícia Militar de Varginha revelou que os suspeitos haviam alugado um sítio na região do bairro rural da Flora para ficarem perto do Batalhão da PM e assim realizarem a ação.

Ainda conforme o Bope, todos os suspeitos chegaram a ser socorridos com vida, mas não resistiram. Nenhum policial ou civil ficou ferido na ação. A investigação ficará a cargo da Polícia Civil e da Polícia Federal.

Apuração sobre as mortes

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai investigar operação policial realizada que terminou com 26 mortos. O procurador André Ubaldino e os promotores Paula Ayres, Francisco Assis e Igor Serrano foram designados para colaborar com a procuradora de justiça titular Elaine Claro, segundo o MPMG.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pediu apuração sobre as mortes. A deputada Andréia de Jesus (PSOL), presidente do colegiado, questiona por que uma parte foi ‘totalmente eliminada’.

Em nota, a Comissão de Direitos Humanos da Subseção da OAB Varginha informou que busca atuação integrada com a Comissão de Direitos Humanos da OAB Minas Gerais para acompanhamento de todas as investigações e demais procedimentos.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública também acredita que uma investigação deve ser feita para apurar a ação.

“A gente sempre lembra que o policial só é policial porque pode fazer o uso da força e essa força pode chegar a matar outra pessoa, mas isso não se faz desprovido de regras e limites, é preciso entender se nessa operação em Minas Gerais houve um abuso desse limite, ultrapassou-se esse limite para gerar 25 mortes (número foi atualizado para 26). Como eu disse, é muito raro no Brasil que uma única operação policial tenha como resultado, além da grande apreensão de armas, a frustração de um crime como assalto a bancos como vem acontecendo Brasil afora, o resultado de 25 mortes (atualizado para 26). É preciso esforço do Ministério Público e das corregedorias das polícias investigar se houve ou não abuso ou houve ou não letalidade policial”, disse o membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Ivan Marques.

Fonte: G1 Sul de Minas

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