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Professor vence coronavírus, mas perde irmão com a doença

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Há uma semana, o professor Omar Ribeiro Rocha, de 65 anos, voltou para a casa após 15 dias internado com coronavírus no hospital de Três Corações (MG). Curado da doença, ainda tenta superar a morte do irmão de 80 anos, vítima da Covid-19. Omar recebeu a notícia da morte quando ainda estava internado.

“A gente fala que não acontece com a gente. Mas pode acontecer com qualquer um. Isso aí não adianta, todas as pessoas têm que tomar muito cuidado”.

Omar segue em recuperação e ainda sente cansaço por todas as transformações que teve no corpo, como definiu. Os dias em isolamento no Hospital São Sebastião foram de luta.

“Tive dias que eu não consegui me comunicar com nada, não vi nada, não consegui comer, eu passei quase dois dias sem saber o que estava acontecendo, aí depois acordei. Quando dei de mim, falei que agora tinha que me cuidar também”.

Na alta, recebeu homenagens dos profissionais de saúde, parceiros na batalha contra o vírus. “Tem muita gente que eu conheço, então as pessoas me ajudaram muito. A psicóloga ajudou, todo mundo ajudou. Tinha amigos da gente lá também. Teve amigos que saíram primeiro, teve amigos que ficaram”.

Morte do irmão

O irmão de Omar, Silvio Ribeiro Rocha, tinha 80 anos e foi a primeira vítima do coronavírus em Três Corações. O caso de Silvio evoluiu rápido. Ele foi internado no dia 15 de maio, uma sexta-feira, com sintomas graves da doença, chegou a ser entubado e morreu na madrugada de sábado.

“É bastante difícil. A gente tem uma equipe de assistência social e psicologia no hospital que auxilia nessa questão. Ainda mais receber a notícia da morte de um familiar enquanto está internado, não é fácil. E a equipe abala bastante quando acontece essa primeira morte. Não foram dias fáceis”, explicou o diretor técnico do hospital, William Rodrigo de Andrade.

Os casos em pessoas da mesma família preocupam equipes de saúde. Além da demanda da cidade, a rede pública de Três Corações atende ainda outro cinco municípios da região.

“A gente interna o irmão, depois vem outro irmão. Aparece mais algum familiar para internar. Então se a gente amplia a infecção pra uma cidade, essa ocupação pode acontecer do dia pra noite e não ter espaço pra receber paciente”, detalhou William.

Evolução da doença

Até o dia 27 de abril, Três Corações não tinha nenhum caso de coronavírus. Pouco mais de um mês depois, viu o número de casos dar um salto. Atualmente, a cidade tem 58 casos.

E a situação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por pacientes da Covid-19 é crítica, com 70% de ocupação. Dois deles precisaram ser entubados.

“Quanto mais aumenta essa taxa de ocupação a preocupação da gente também aumenta”.

Retomada

Professor de física na rede estadual de Três Corações e com a escola fechada, Omar quer voltar ao trabalho, que agora é pela internet. “Tentar trabalhar nesse sistema agora. Ajudar os alunos, ver como vão voltar essas aulas, pra gente melhorar o conhecimento”.

“A gente tem que viver cada momento bem vivido. Pensar sempre no bem estar do outro. Não precisa ficar correndo atrás de bens materiais, essas coisas. Pra que isso? Você corre em um momento e perde a sua vida? A minha lição de vida é que a gente tem que viver bem e prestar atenção na vida”.

Fonte: G1 Sul de Minas

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