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Como Capitã Marvel desperdiçou a chance de criar uma trilha sonora memorável

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Em mais de 20 filmes até hoje, o uso de canções no MCU foi, em grande parte, discreto. Quando a história da franquia foi iniciada em Homem de Ferro, o estúdio se utilizou de Black Sabbath e AC/DC, mas desde então, foram poucos usos de trilha sonora não-original realmente chamativos até, claro, Guardiões da Galáxia. Desde então, filmes como Homem-FormigaDoutor EstranhoHomem-Aranha: De Volta ao LarThor: Ragnarok ousaram mais nesse sentido, dando um pouco mais de destaque à suas escolhas musicais.

Com o sucesso gerado pela trilha de Guardiões e um cenário de anos 90, Capitã Marvel tinha tudo para tirar proveito do momento e criar uma trilha sonora memorável, indo além do que o MCU fez desde a história do Senhor das Estrelas. Infelizmente, a história de origem de Carol Danvers é apenas temperada por escolhas não muito originais, e o MCU perdeu a chance de usar a trilha para preencher a heroína com mais personalidade.

Capitã Marvel tem um crédito único na franquia por usar canções de um jeito que nenhum outro filme na franquia fez. Enquanto Guardiões da Galáxia usou uma compilação de músicas, principalmente dos anos 70, como uma herança dos pais de Peter Quill, Capitã Marvel utilizou as faixas para entregar um contexto temporal. Músicas como “Only Happy When It Rains”, do Garbage, “Waterfalls”, do TLC ou “Just a Girl”, do No Doubt, hits caracteristicamente de 94 e 95, reforçam a nostalgia de Capitã Marvel. Esta é sua peculiaridade; o filme de Carol Danvers é o único do MCU que usa a trilha sonora para criar uma época.

Mas existe um cuidado em Guardiões da Galáxia ausente em Capitã Marvel. O filme de James Gunn usou faixas familiares, mas não amplamente conhecidas pelo público geral, enquanto o longa de Anna Boden e Ryan Fleck selecionou hits distintamente radiofônicos. Isto não seria um problema se as faixas fossem bem utilizadas também. Na verdade, o filme fica no meio termo entre chamar atenção para a sua própria trilha ou não. Em uma cena de luta, por exemplo, “Just a Girl” toca tão baixo, que não fica claro porque o filme resolveu inserir uma música de rock pop no momento.

Para completar, há um deslize factual no filme também, que acaba comprovando o descuido com a sua trilha sonora. Enquanto ouvir Nirvana em um filme da Marvel é uma agradável surpresa, o momento em questão não considerou a cronologia da heroína. A cena toca “Come As You Are” como se fosse de uma lembrança de Carol Danvers, mas tendo sido lançada em 1991 no Nevermind, a heroína não teria como conhecer a faixa, tendo deixado a terra em 1989 e passado seis anos como parte dos Kree.

Como o MCU não tem um histórico de interesse em rechear seus filmes com faixas, condenar Capitã Marvel por não chegar aos pés de Guardiões da Galáxia, um filme claramente investido em música, também não seria justo. Ele só acaba como mais uma chance perdida do estúdio em embalar o longa com uma trilha sonora chamativa, que poderia introduzir músicas dos anos 90 a um público novo, e fazer com que os fãs saíssem da sala interessados em procurar a compilação.

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