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Áudios de celulares apreendidos mostram como agiam empresários suspeitos de fraude

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Áudios divulgados mostram como agiam os empresários de Varginha (MG) suspeitos de fraudar contratos e fornecer itens de prevenção ao coronavírus, como máscaras, luvas e testes, diferentes dos que eram pedidos por prefeituras de seis estados.

Os empresários Monique Aline de Carvalho Bueno, o marido dela, Éderson Bueno Félix e o amigo do casal, Leonardo Martins Pereira, continuam presos preventivamente por causa da investigação.

O Ministério Público ofereceu denúncia contra os três porque eles estariam aproveitando a possibilidade de compras sem licitação, por causa da pandemia, por vender gato por lebre. Eles ofereciam bons produtos, como máscaras cirúrgicas com elástico de tripla proteção, mas quando o material chegava, era uma máscara de qualidade inferior.

Com a apreensão de celulares, o Ministério Público teve acesso a áudios. Em um deles, é possível ouvir uma reclamação de Leonardo para o vendedor do produto. Em um dos trechos, ele admite que sabia que o produto comprado não era aprovado pela Anvisa. Em outro, em tom de ameaça, ele pede para que o prejuízo fosse dividido.

“Pra mim era uma máscara que não tinha Anvisa, só que era uma máscara ‘pipa’, só que não é, tanto é que bateu na prefeitura e devolveram tudo, e não foi só uma não, duas. Quero resolver numa boa cara, não estou ameaçando, não sou de fazer ameaça, eu ajo, eu não sou homem de ficar fazendo ameaça não, porque eu não gosto de ameaça, o que tiver que fazer eu vou mesmo fazer. Estou resolvendo numa boa, tantas coisas a gente negociou. Essa daí deu zebra e vai dar prejuízo para todo mundo, entendeu?”, diz no áudio Leonardo Martis Pereira.

O representante da empresa que fez a venda responde que tinha deixado claro quais eram as máscaras.

“Eu sei disso, só o que acontece, era o que eu tinha na ocasião, era o que eu tinha na época cara. Você conheceu o produto, você sabia o produto que estava comprando, eu te mandei as que você tinha para a mulher ver antes de efetuar essa compra, foi tudo aprovado. Eu tinha máscara melhor, você queria essa daí, você que me perguntou dessa máscara, em momento nenhum eu falei compra essa daqui que essa que era a boa, você desculpa Léo, mas aí infelizmente a mulher que agiu de má fé e agora tá sobrando, infelizmente o mercado também deu essa despencando, e estamos com esse abacaxi na mão aí”, diz o vendedor.

Empresários são suspeitos de fraudar contratos de prefeituras para fornecimento de itens contra a Covid-19 — Foto: Reprodução EPTV

Empresários são suspeitos de fraudar contratos de prefeituras para fornecimento de itens contra a Covid-19 — Foto: Reprodução EPTV

Em um outro áudio, também enviado por Leonardo, ele pede para uma pessoa que não foi identificada que desse um susto nos vendedores para que o produto fosse devolvido.

“Eu já liguei para ele sexta-feira, expus, falei para ele que eu preciso de uma solução, entendeu? E aí ele ficou de ver, não responde nada. Queria passar um susto nele, mano, pelo menos uma ligação já para ele ficando esperto, porque eu não vou perder essa grana não, é quarenta e tantos mil”, completou.

Segundo o MP, foi pedida a prisão preventiva dos envolvidos para a garantir da ordem pública, o que foi acatado pela Justiça. Também foi pedida a apreensão e bloqueio de imóveis, dinheiro, veículos automotores, joias, jet skis, cotas de sociedades empresariais e até uma lancha para pagamento de multa criminal e dano moral coletivo no total de R$ 15,6 milhões, sendo R$ 5,2 milhões para cada denunciado.

O que diz a defesa dos investigados

Fábio Gaudêncio, advogado de Leonardo Martins, disse que o cliente afirma que não tem participação em qualquer ato ilícito que está sendo ventilado pelo Ministério Público e que irá se manifestar quando tiver acesso aos autos.

Já o advogado Juliano Comunian, que defende o casal preso Ederson e Monique, também disse que os clientes dele negam envolvimento nos fatos e que a inocência deles será provada durante o processo. Ainda segundo o advogado, ele vai tentar o relaxamento da prisão.

Fonte: G1 Sul de Minas

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